Quando visitaremos
outra
galáxia?
Um levantamento feito com dados recolhidos durante duas décadas pelo telescópio Hubble revelou que o universo abriga 2 trilhões de galáxias, dez vezes mais do que os astrônomos acreditavam.
Sinceramente? A gente não consegue ter noção do que é isso (eu tive que copiar e colar esse número para não errar).
Dentro de cada uma dessas galáxias, encontra-se aproximadamente mais 1 bilhão de estrelas. Isso é tão absurdo, que calcular tudo isso fica inimaginável para uma mente humana atual.
Um trilhão é a metade do que já foi contabilizado de galáxias no universo (até agora). Mas esse número é tão grande, que um ser humano normal demoraria 31 mil anos para fazer a sua contagem.
Uma dessas 100 trilhões de galáxias que encontramos no Universo, é a M87, localizada a aproximadamente sessenta milhões de anos-luz distante de nós. Essa galáxia possui mais de um trilhão de estrelas e lá encontra-se um dos maiores buracos negros de que se tem conhecimento.
Mas vamos mais perto (como se desse para falar de algo perto no Universo).
A estrela mais próxima do sol, está a 4 anos luz de distância, aliás, acabaram de encontrar um planeta parecido com a Terra por lá.
A espaçonave mais rápida que já lançamos, demorou 6 horas para chegar na Lua sem tripulantes, enquanto levamos 3 dias para chegar lá em uma espaçonave com astronautas.
Se a gente pegar essa máquina, que é mais rápida que ser humano já lançou, e apontar ela pra estrela mais próxima do sol, você sabe quanto tempo demoraríamos para chegar lá?
50 mil anos.
Sim, com a melhor tecnologia que temos hoje chegariamos até a estrela mais próxima do sol em 50 mil anos. Ainda bem distante da galáxia mais próxima de nós.
A nossa galáxia, chamada de Via Láctea, tem aproximadamente 100 mil anos-luz de extensão.
Mesmo se você pudesse viajar a velocidade da luz, você chegaria na outra ponta da galáxia 100 mil anos depois. Então, quando você voltar, provavelmente, todos teriam esquecido de você, não é verdade?
Isso se ainda existir qualquer civilização.
Existe uma galáxia chamada M100, que está a 65 milhões de anos-luz de distância.
A luz do asteroide que extinguiu os dinossauros está somente agora chegando naquela galáxia. Então, se você dobrar o espaço, entrar em um buraco de minhoca e sair do outro lado, você teria ultrapassado a luz e chegaria lá em apenas alguns minutos.
Você poderia ir aquela galáxia, montar seu telescópio e assistir a extinção dos dinossauros. Louco né?
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Se quisermos ir para outra galáxia, a Andromeda é a nossa próxima parada. Ela é a galáxia mais próxima de nós.
Ela está a 2 milhões de anos-luz de distância. Então, na velocidade da luz, demorariamos 2 milhões de anos para chegar lá.
Tudo parece muito distante né? Todos esses números parecem assustadores e desmotivadores quando você não vive nem 150 anos.
Infelizmente, tudo indica que, não vamos a lugar algum tão cedo.
Nós parecemos muito pequenos em relação ao universo. As distâncias no espaço são desproporcionais comparadas a longevidade da nossa forma biológica.
Talvez tenhamos que deixar de lado a nossa essência orgânica para explorar um pouco mais o universo. Mesmo sendo um dos seres vivos que mais se adaptam a novas realidades, ainda estamos distantes de toda essa grandeza ainda inexplicável.
E isso quase chega a ser poético.
Parece que somos um acaso evolutivo em um planeta e uma galáxia qualquer. Assim como podem ter muitos acasos espalhados por ai. Isso não é incrível?
Podemos olhar para tudo isso e refletir de duas maneiras: ficarmos frustados tamanha a nossa insignificância ou ficarmos humildemente agradecidos por termos a oportunidade de passar algumas décadas pernambulando por aqui.
Lavarei comigo, nesta brevidade da vida, a segunda opção.
Texto com algumas adaptações do vídeo de Neil deGrasse Tyson
Temos um conteúdo que fala sobre o ser humano estar se recriando até virar uma força maior para explorar o universo.
Acesse aqui
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