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//sextaFilosofal

insights que levam poucos minutos para ler, mas muitos para filosofar.
toda sexta, no seu email:
começar
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sempre me incomodei com a falta de carinho e dedicação com que 99.9999% das empresas colocam em seus emails.

encontramos sempre mais do mesmo: a listagem dos artigos da semana, as últimas promoções, frases bonitinhas motivacionais.

poucos deles causam aquele algo a mais dentro de nós.
aquele momento "UAU", de parar o que estamos fazendo e refletir sobre a vida.

foi essa pequena angústia, aliada à vontade de levar esse "UAU" para a caixa de entrada, que me fez começar a "sexta filosofal" para os assinantes do Hack Life.

um email que me dedico de corpo, mente e alma todas as sextas feiras para tentar criar alguns minutos de reflexão meio ao sufoco da caixa de entrada que nunca está satisfeita.

< introdução />

essa página é uma edição comemorativa de 1 ano de sexta filosofal.

12 meses os quais eu escrevi todas as sextas feiras sobre os mais diversos assuntos: produtividade, auto conhecimento, futurismo, hábitos, "lifehacks", espiritualidade, Yoga, ansiedade, depressão.....

podem parecer assuntos muito diversos, mas todos tem o mesmo objetivo do Hack Life: como, em meio à tantas distrações e tanta informação, conseguimos prosperar frente à vida que vivemos.

como integrar corpo, mente e alma, e redescobrir o que é ser humano de verdade. 

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< introdução />

quebrar crenças limitantes e condicionamentos que rodam no nosso software para ser um verdadeiro Hacker de nós mesmos, descobrindo nossa real essência.

desinstalar programações de escassez que nos fazem viver na frequência baixíssima do medo para instalar novos princípios de abundância, e viver na frequência altíssima do amor.

espero que esses textos o façam "filosofar" tanto quanto me fizeram ao escrevê-los.

se sim, espero que você possa compartilhar para que outros se reúnam à nós para espalhar essa mensagem

aquele forte abraço,
Renato

Quero ajudar a sextaFilosofal
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< introdução />

// o facebook se alimenta do mal

pense comigo, e seja consciente quanto a isso:

você consegue perceber seus sentimentos e emoções quando você está prestes a abrir o aplicativo do facebook ou de qualquer rede social?

ou já se tornou tão automático que você nem percebe?

se esse é o seu caso, peço que tente ganhar consciência desse pequeno ato.

muitos hoje reclamam de ansiedade, depressão, de "não ter tempo para nada”.

perceba que a ansiedade e depressão são só estágios avançados de sentimentos e emoções guardadas que não foram trabalhadas.

e só chegamos a tal ponto por que temos muitos anestésicos disponíveis para nós ao toque de um botão, que se alimentam justamente dessas emoções não trabalhadas.

perceba o caso das redes sociais mais populares: instagram, facebook, twitter, pinterest.

nenhuma delas tem um grande apelo tecnológico: o segredo está em como se tornam parte indispensável na vida das pessoas.

pessoas compulsivamente viciadas nas redes sociais não percebem isso:

elas admitem sim, que passam boa parte de seu dia conectadas, mas acreditam que é só “divertido”

afinal, viciados são só para aqueles que fumam crack embaixo da ponte, não é mesmo? 

pois é, caro leitor, é aqui que mora o perigo.

o hábito de usar determinado produto é formado durante o tempo, e o começo de tudo é um gatilho.

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é difícil ter essa percepção, mas as nossas emoções são os gatilhos mais poderosos que existem.

tédio, solidão, frustração, confusão e indecisividade nos provocam uma certa irritação e promovem uma ação quase instantânea e automática para acabar com essa sensação negativa.

por exemplo, quando foi a última vez que você estava sem o que fazer, e você simplesmente pegou o celular? desbloqueou a tela, rolou para o lado, voltou, e bloqueou de volta, sem fazer nada?

é automático!

outro exemplo: você está no elevador, e entra outra pessoa. isso gera um desconforto inconsciente, e automaticamente você também já puxa o celular para.... nada.

ou quando você está determinado, trabalhando no seu computador e, de repente, percebe uma dificuldade.

no meu caso pessoal, acontecia muito isso! 

e já era automático: eu apertava control T, abria uma nova aba, apertava F, e enter, pois o navegador já sabia pra onde eu queria ir….

no caso do instagram, muitas pessoas criam um gatilho mental toda vez que sentem que um momento especial está prestes a se perder, e precisam registra-lo de qualquer maneira!

esse texto é um convite para você ficar atento.

essas pequenas sensações podem parecer pequenas, mas a nossa vida está repleta delas.

não se deixe levar por impulsos destrutivos, ganhe consciência deles ;D

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você recebeu
uma notificação :D

//por que dizer que o facebook se alimenta "do mal"?

justamente por se "aproveitar" dos momentos em que estamos mais vulneráveis: com tédio, solidão, frustração, confusão e indecisividade

ele oferece um “hack” barato para você se livrar daquilo e logo se distrair com outra coisa. 

dessa maneira, ao invés de olhar para todos esses sentimentos de frente, aprender com eles, rumo a ser um ser humano integral, você adia seu desenvolvimento.

que fique bem claro: não estou generalizando nem demonizando as redes sociais. são ferramentas fantásticas que nos conectam e facilitam o tramite de informações.

mas, como qualquer coisa, vale a máxima do tio ben, do homem aranha:

o que te peço é que seja responsável quanto ao uso dos seus “grandes poderes" ;D

// a dualidade de ser humano

o ser humano possui uma capacidade incrível de estender suas capacidades além de seu corpo.

basicamente, tudo o que fazemos no mundo exterior é uma extrapolação do mundo interior.

e aqui, entra mais uma vez a dualidade de ser humano: de viver entre céu e inferno, de agir de acordo com o ego ou com a alma.

a cada “extrapolação”, podemos agir de acordo com o que nos nutre, ou não.

quanto mais consciência criamos a partir disso, mais entendemos o poder que cada ação nossa tem.

Frase para
filosofar ;)

"O mistério da vida não é um problema a ser solucionado, mas uma realidade a ser experienciada" 

~ Frank Herbert, Dune

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//você já teve "prisão de mente"?

prisão de ventre nada mais é do que uma dificuldade de evacuar, fazer o "número 2".

ou seja, muita coisa entra, e nada sai.

o corpo é um sistema, e responde da sua maneira a isso: indisposição, mau humor.

vamos agora fazer um paralelo com as nossas mentes:
a carga cognitiva a qual estamos expostos é capaz de deixar qualquer um louco

(aquele grupo de ZAPZAP que tem 200 mensagens por minuto, notificações incessantes no smartphone, propagandas, TV, barulho das grandes cidades).

mente, por ser um sistema diferente do corpo, também tem a própria maneira de lidar com excesso de coisas que "entram", mas não "saem".

sabe o que acontece quando você consome muita informação e nada sai?

é o que eu chamo de “prisão de mente”. e sabe quais são os efeitos colaterais dela?

sim, ansiedade, angústia, depressão.

saiba que você não é o único sofrendo disso. e que, em parte não é culpa sua.

a melhor saída para isso é justamente transformar o que consumimos de TV, redes sociais, internet, videos, livros, em algo concreto:

fazer algo ativo, não passivo: escrever, pintar, trabalhar, movimentar-se. colocar tudo que você absorveu à serviço desse mundo.

pode ser que você ainda tenha crenças limitantes rodando no seu software que falam:

"aaaah, mas eu não estou pronto para isso...."

"eu não sou bom o suficiente...."

tudo bem, não tem problema:
bem vindo ao clube dos seres humanos!

a auto-sabotagem é uma característica presente na maioria de nós, o que não quer dizer que você deva ficar paralisado.

veja o exemplo de Darwin na próxima sessão sobre a "ansiedade":

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// como combater a ansiedade

ansiedade: "o mal do século", "condição paralisante", e mais não sei quantos rótulos que já deram a ela.

poucas são as pessoas no nosso mundo super conectado e extremamente mental que não sofrem de ansiedade.

eu te convido a olhar para ela por outro lado: considere a ansiedade como algo poderoso para deslanchar sua criatividade.

considere a ansiedade como uma porta de entrada para você mergulhar dentro de você e investigar o que existe "preso" ai dentro:

pegue papel e caneta, coloque o celular no modo avião e comece a escrever até descarregar tudo que te causa tanta angústia.


Darwin, por exemplo, sofreu de ansiedade a vida inteira.

apesar disso, mais do que deixar a ansiedade limitar ele, ele conseguiu realizar todas as suas façanhas (alô, teoria da evolução!) apesar dela.

lembre-se: luz e sombra vivem dentro de nós, só precisamos aprender a equilibrar nosso interior melhor, aprendendo a lidar com os nossos medos. (mais sobre isso na próxima sessão ;D)

suplementos, vitaminas, livros, café, cursos e qualquer outro "hack" externo pouco farão a você enquanto você não enxergar isso.

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//o que o medo está tentando nos dizer?

em determinado momento de nossas vidas, começamos a procurar compreender o papel do medo e das emoções negativas.

começamos a perceber que nada acontece por acaso, que tudo ocorre para servir a um propósito

e isso se estende para o que não desejamos experimentar ou olhar, como dor, medo e sofrimento.

nosso software acaba rodando no plano de fundo crenças limitantes da imaginação coletiva, totalmente baseadas no medo, que não poderiam estar mais distantes da realidade do universo e do autoconhecimento.

a crença comum sobre esses sentimentos negativos é a seguinte:

quando o medo aparece, deve ser uma intuição de que algo é real, ou vai se tornar real. ou ainda: uma premonição de que algo vai acontecer.

pensamos com nós mesmos: 

“meu medo sobre essa situação deve ser minha intuição de que ela vai acontecer, e como sinto medo, isso deve estar indicando que essa situação deve ser temida."

esses pensamentos estão MUITO longe da verdade (tenho certeza que você pensou agora: ufa!)

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quando corpo, mente e alma assimilam que vivemos em um universo que está sempre nos apoiando, sempre nos direcionando não só para o amor incondicional, mas também à tentativa de revelar o nosso eu mais autêntico, vemos que o medo só pode estar nos mostrando exatamente o que não é verdade com uma situação particular.

quando trocamos nossas “lentes” para enxergar as coisas desse ponto de vista, começamos a formar um novo relacionamento com o medo, tristeza, sofrimento, devastação, desespero, derrota, confusão e frustração.

dessa forma, ao invés de usar essas emoções como indicadores do que é a verdade a respeito de nossa situação presente, nós as utilizamos como guias do quão longe estamos alinhados com a “verdade” final do nosso ser e do universo.

em termos bem simples:

a verdade sempre faz você se sentir bem.

portanto, se você não está se sentindo bem com a sua situação presente, só pode ser por que você está acreditando em crenças limitantes que não estão alinhadas com você e o universo.


agora você já sabe: ao invés de paralisar quando o medo aparecer, use ele como uma indicação de que você tem que cavar um pouco mais fundo.

ache a raiz por trás da crença que está lhe causando medo ou emoções negativas.

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toda sexta, no seu email:

// conto
da tradição
judaica
"apenas de
passagem"

um turista americano, no século passado, foi visitar o famoso rabino polaco, Hofez Chaim.

admirou-se ele ao ver que a casa do rabino era pouco mais que um quarto, repleto de livros por toda a parte.

de mobília, tinha só uma mesa e um banco.

"Mas, rabino, onde está a sua mobília?" pergunta o americano.

"Antes de responder sobre a minha, quero saber sobre a sua, onde é que está?", ecoou o rabino.

"A minha? Mas eu estou apenas de passagem,
sou um mero visitante na cidade" responde o americano."

"Pois é, olha que coincidência! Eu também estou só de passagem!",

concluiu o Rabino.

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// por que você ainda não pratica yoga?

muitos de nós estamos acostumados a buscar “fora” do nosso ser as respostas para a tal plenitude.

vivemos em um mundo onde somos condicionados a acreditar que as realizações exteriores podem nos dar o que queremos.

porém, de novo e de novo, a vida continua a nos dar tapas na cara (às vezes até murros que nos colocam no chão) para nos mostrar que nada externo pode completar aquela sede por “algo a mais”.

apesar disso, usamos a maior parte do nosso tempo para conseguir aquilo que “está quase” ao nosso alcance.

ficamos preocupados em fazer em vez de ser, na ação ("action") ao invés da consciência.

é difícil nos imaginar em um estado de completa calma e repouso em que os pensamentos e sentimentos deixam de fazer sua "dança" dentro de nós.

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o problema é que é só assim, nesse estado de quietude, que conseguimos atingir um nível de alegria e entendimento impossíveis de alcançar de outra forma.

e é justamente na busca desse estado descrito que se começa a entender os segredos do Yoga.

essa antiga ciência espiritual nos oferece ferramentas para aquietar aquilo que nos impede de saber quem somos: a turbulência natural dos pensamentos e as inquietações do corpo. 


normalmente a nossa consciência e energias são dirigidas para fora, no mundo percebido através dos nossos cinco sentidos limitados.

o nosso senso de realidade é criado a cada segundo pela nossa razão humana através dos "dados enganosos" fornecidos pelos sentidos físicos.

para ir além dessa concepção, qualquer pessoa que leva à sério as perguntas:

"quem sou eu? por que estou aqui? como faço para realizar a Verdade?"

deve começar a aprender a tocar níveis mais profundos e sutis de consciência.

yoga é um processo simples de redirecionar o fluxo de saída de energia e consciência (antes para o mundo externo, agora para o mundo interno), de modo que a mente se torna um centro dinâmico da percepção direta.

"o que isso quer dizer, na prática?"

que a mente passa a não depender mais dos sentidos “falhos", e agora é capaz de realmente experimentar a Verdade.

é como se a mente conseguisse perceber o mundo por um "bypass" que não passa mais por nenhum dos seus 5 sentidos.

a própria palavra yoga significa "união": da consciência individual ou alma com a Consciência Universal ou Espírito.

embora muitos ainda vejam o yoga apenas como exercícios físicos - as asanas ou posturas que ganharam grande popularidade nas últimas décadas - estes são realmente apenas o aspecto mais superficial desta profunda ciência que possibilita o desdobramento das potencialidades infinitas de corpo, mente e alma humana.

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o Yoga Sutra de Patanjali (livro que recomendo), descreve um caminho de 8 partes que formam o quadro estrutural para a prática de yoga.

cada uma é parte de um enfoque holístico que eventualmente traz completude para o indivíduo.

resumidamente, as 8 partes são:

Yama: moralidade Universal
Niyama: observância pessoal
Asanas: posturas corporais
Pranayama: exercícios de respiração
e controle de prana (energia)
Pratyahara: controle dos sentidos
Dharana: concentração e cultivar consciência
perceptiva interna
Dhyana: devoção, meditação no Divino
Samadhi: uião com o Divino

os dois primeiros passos para controlar a mente são a perfeição de yama e niyama.

no entanto, "não é possível praticar yama e niyama, quando os órgãos do corpo e dos sentidos são fracos e assombrados por obstáculos"

uma pessoa deve primeiro assumir prática de asanas diariamente para tornar o corpo forte e saudável.

com os órgãos do corpo e dos sentidos, assim estabilizados, a mente pode ser regulada e controlada.

com o controle da mente, o praticante é capaz de perseguir e aprender estas duas primeiras partes (yama e niyama).

para executar os asanas corretamente no Ashtanga Yoga (descrito nos Yoga Sutras), a pessoa deve incorporar o uso de vinyasa e Tristhana

Vinyasa significa sistema de respiração e movimento. para cada movimento, há uma respiração.

por exemplo, no Surya Namaskar (sequência mostrada no GIF abaixo) há nove vinyasas:

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// benefícios do Surya Namaskar

o propósito de vinyasa é a limpeza interna:

ao sincronizar respiração e movimento pelos asanas o sangue se aquece, o que faz com que circule mais livremente.

ao melhorar a circulação sanguínea, órgãos internos se livram de toxinas e doenças. o suor então carrega essas impurezas para fora do corpo.

aos poucos, seu corpo se torna saudável, leve e forte.

fortalece o corpo

ajuda a lidar com a insônia

melhora a postura corporal

melhora o tônus muscular

melhora a função dos orgãos internos

ajuda a relaxar a mente

melhora a flexibilidade

ajuda a queimar a gordura corporal

mantém a mente focada

melhora a circulação sanguínea

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// "como" você come
X "o que" você come

não se deixe influenciar pelo "modismo" da vez da comida.

perceba que, não adianta nada você comer tudo do bom e do melhor, orgânico, sem glúten e sem lactose, se você continua comendo apressado, engolindo às pressas enquanto rola sem parar o feed do instagram cultivando inveja por todos os "top blogueiros" que estão na Tailândia com fotos de pezinhos, enquanto você tem que trabalhar mais um dia (aaaaah!!!).

considere que o ato de se alimentar é sagrado, e que tudo te alimenta, não só a comida física, mas todo o contexto no qual você se alimenta.

perceba todo o ciclo que a comida fez, alimente sentimentos de gratidão por todos que contribuíram com a energia para aquele prato de comida chegar até você.

cultive amor, gratidão, presença. mastigue devagar, sinta a textura, o sabor, sinta como cada átomo daquele alimento está te providenciando a energia que você precisa para continuar vivo.

Frase para
filosofar ;)

"Cortou a lactose, o glúten e a fritura, mas esqueceu de cortar as companhias e pensamentos negativos...

continuou pesado."

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// o modo "como" você come é tão
importante quanto "o que" você come.

se você está lendo isso e achando uma "grande besteira new age de hippie" fica aqui uma reflexão

por que você acha que a comida da sua vovó era tão gostosa?

sim, claro, por que ela o fazia com todo o amor do mundo. você logo sente quando existe intenção e amor no que te alimenta. e aquilo te nutre de verdade.

 vale a máxima (que acabei de inventar):

"vale mais à pena uma macarronada cheia de glúten da vovó no domingo do que um shake milagroso sem glúten e sem lactose engolido às pressas com stress e ansiedade enquanto você preenche seu vazio nas redes sociais.

para o final de semana fica o meu convite para você almoçar com a sua vovó e receber o amor em forma de comida ;D

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// conto do
executivo
americano
X pescador
mexicano

sempre defendo a busca pelo equilíbrio. 

para isso, às vezes é interessante observar os extremos, tanto de um lado quanto do outro. esse é o meu propósito com esse conto:

um executivo americano, depois de passar por mais uma crise de stress e ansiedade, foi obrigado a tirar férias por orientações de seu médico em uma ilha pequena paradisíaca no México.

na primeira manhã, depois de não resistir à tentação de olhar seu email e ter um novo ataque de pânico, ele saiu para dar uma caminhada.

na sua caminhada ele logo avistou um pescador mexicano, que estava descarregando seu barco com a pesca do dia: peixes grandes e fartos.

o americano, MBA em Harvard e fluente em espanhol, já que era diretor de uma multinacional, logo começou um papo com o pescador.

impressionado com a qualidade dos peixes, perguntou quanto tempo o pescador tinha demorado para pesca-los.

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o pescador respondeu para ele:

"Ahh, apenas algumas horas! é o suficiente para eu dividir com meus amigos, minha familia e depois vender na feira."

"Eu saio de manhã para pescar, volto, cozinho com minha familia, compartilho, e vendo para ter o suficiente para viver.

Após o almoço, eu tiro um bom cochilo com minha mulher, fico com meus filhos de tarde. 

De noite, me junto a outros moradores da vila e então dançamos, festejamos e bebemos um pouquinho.

Eu tenho uma vida plena e feliz, señor!" 

o americano já ficou em desespero,

e logo falou para o pescador:

"O señor não sabe a oportunidade que está perdendo!

Eu sou um MBA em Harvard, e se o senhor começar a pescar mais horas por dia ao invés de só pela manhã, em breve você conseguirá comprar mais um barco e ter mais um pescador à sua disposição."

"Em pouco tempo, conseguimos ter uma frota e logo depois desenvolver novos produtos! " - disse o americano já imaginando o logo da empresa, produtos como atum enlatado e imaginando a empresa sendo pioneira no México.

pescador mexicano observou tranquilo e perguntou para o americano:

"Si, señor, mas... e depois? Para que isso?"

o americano persistiu, brilho nos olhos:

"Depois de conquistar o México, podemos abrir novas operações em outros países até o momento de fazer o IPO da
empresa e ficarmos milionários!"

"Si, señor, mas e depois? para que isso?" - disse o pescador, ainda tentando entender.

"Depois do IPO, você pode se aposentar e viver em uma ilha paradisíaca, onde poderia curtir com seus amigos e familia todos os dias."

o pescador mexicano apenas sorriu e acenou com a cabeça para o lugar que estavam....

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// vamos falar de futuro?

observar o presente para prever o futuro é uma tarefa cada vez mais complexa.

por muito tempo, estudei futurismo, mas nunca compartilhei o conteúdo por achar que era mais do mesmo.

agora, acredito que estou chegando em uma abordagem diferente, e com isso, estou elaborando um novo método, um novo curso sobre futurismo.

conhecer o curso
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mas... por que isso? o que eu quero realmente atingir com (mais um) curso de futurismo?

quero dar um panorama completo de como entender os fatores externos presentes e futuros através do framework Hack Life.

como as mudanças do mundo acontecem e irão acontecer, mas, mais do que isso: como no meio de toda essa mudança conseguimos permanecer humanos.

fica óbvio que cada vez mais tudo à nossa volta vai contribuir para que não sejamos “humanos” e cada vez mais máquina.
dito isso, o futuro pode ser um local realmente tenebroso e robótico, ou algo incrivelmente abundante e transcendente.

do lado tenebroso e robótico eu enxergo um cenário parecido com "Matrix". do outro, um cenário como "Avatar", um ser humano completamente integrado com o seu ser e com a natureza.

é esse o foco que quero explorar.

onde um novo tipo de ser humano vai surgir: que integra masculino, feminino, espiritualidade e contato com a natureza.

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(essa arte de Amanda Sage ilustra isso muito bem)

criar esse entendimento e utilizar a mente, como um mecanismo de união, não de desunião.

utilizar os mecanismos tecnológicos à nosso favor para irmos fundo dentro da essência de cada um, e entender que todos podemos contribuir para o mundo, que todos temos algo de muito bom e valioso para ser feito.

singularidade não como algo que tornará homem e máquina uma coisa só.

mas sim, homem, tecnologia e natureza.

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// abundância

muito se fala de “abundância” hoje, mas a verdade é que nós não sabemos o que é abundância de verdade. estamos afogando em um mar de informações e ao mesmo tempo famintos por sabedoria.

a abundância de verdade só vai ocorrer quando começarmos a desenvolver a nossa bússola interna, a nossa intuição, para navegar nesse mar de informações.

e é só seguindo essa intuição que aprendemos de verdade. é você saber o momento certo de fazer cada coisa. 

por exemplo: sabe quando você se depara com determinado tipo de conteúdo e aquilo não faz o menor sentido para você?

aquele livro em que você não conseguia passar da décima pagina e algum tempo depois você devora ele em 2 dias?

essa é a intuição que devemos desenvolver para conseguirmos separar o conhecimento da sabedoria.

deixar para trás conhecimentos momentâneos, que ficam obsoletos em 2, 3 meses, 1 ano. 

é aquela brisa passageira, como por exemplo, o "fenômeno das paletas mexicanas": da mesma forma como surgiram, desapareceram.

a busca pela sabedoria começa nos antigos ensinamentos dos grandes rishis, dos vedas, milhares de anos atras, que descrevem as técnicas dos grandes yogis.

o tipo de conhecimento que é atemporal.

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Frase para
filosofar ;)

"Estamos nos afogando
em informação, e ao mesmo tempo com fome de sabedoria" 


~ E. O. Wilson

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retomar a conexão com a natureza humana, entender que a vida é sim inconstante, que tem alegria e tristeza, possui altos e baixos.

entender que, ao contrário do que a nossa cultura e ciência materialista nos explica, que somos algo que vai além da matéria. que o nosso ser ultrapassa o corpo fisico, e se estende para o corpo sutil, astral, energético.

para isso acontecer, não vai ser fácil: será preciso ir além dos condicionamentos diários.

pois quando quebramos a ilusão de ver o mundo pelos nossos condicionamentos, vemos a realidade, e ai sim criamos uma conexão de verdade.

a pergunta que fica é: 

nós, seres humanos domesticados, que estamos imersos na ilusão, que vivemos segundo nossos hábitos, nossas práticas, nossos condicionamentos.

se tirarmos tudo isso, o que sobra?

teremos a coragem de passar pelo vale do desconforto e despertar para a realidade da felicidade plena? nos desfazer das muletas que usamos como amuletos para nos reafirmar?

eu te pergunto:

qual futuro você quer construir?

lembre-se que o futuro também é uma ilusão, o que existe é o agora.

a cada momento você é o responsável por isso, através dos seus pensamentos, sentimentos e ações.

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// exercícios fazem você aprender melhor

já é extenso o número de pesquisas e experimentos que validam a relação entre aprendizado e exercícios físicos. 

o corpo humano é biologicamente desenvolvido para se movimentar.

os bilhões de anos de evolução não fizeram deste corpo algo para ficar sentado em uma cadeira o dia inteiro.

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//harmony of dragons by android jones

// pensamentos antagônicos

já percebeu que muitas vezes observamos pensamentos nas nossas mentes completamente antagônicos?

sabe por que isso acontece?

por que estamos desconectados com a natureza. estamos envoltos o tempo inteiro por ambientes artificiais.

já parou para pensar? a sala que você está agora, por exemplo, é totalmente artificial, não faz parte da natureza como ela é.

os recursos naturais, matérias primas, foram modificados para construir esse espaço. 

mas antes que você ache que eu estou defendendo que deveríamos morar na floresta como nossos ancestrais há muito tempo atrás, eu te garanto que não penso assim. 

eu me formei engenheiro, sempre achei fascinante a ideia de poder transformar a natureza em números para poder entende-la melhor e conseguir usar um pouco do seu poder.

mas ao mesmo tempo que tudo isso é fantástico, observamos também um efeito rebote, que é a desconexão com a natureza.

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e quando eu falo desconexão eu não quero dar uma de místico, zen, natureba, hippie, irmão....

não, longe disso. quero apenas atentar ao fato de que somos seres biológicos.

e se somos seres biológicos, somos a natureza.

porém, vivemos cercados de artificialidades em todos os lugares, principalmente em ambientes urbanos.

e esses ambientes nos fazem criar comportamentos que são justamente antagônicos à nossa forma natural.

pense comigo: o universo, a natureza, são incrivelmente belos. não dá para mensurar início, fim, regras e controles de funcionamento. 

a única lei que a natureza respeita é a inconstância, nada é permanente na natureza. picos e vales, gelo, água, vapor, chuvas, tempestades, tardes ensolaradas, folhas, árvores.

tudo é igual, mas não é, já repararou?

não existe nenhuma folha igual à outra. não existe chuva igual à outra.

parece até um antagonismo, falar que a lei imutável da natureza é justamente a impermanência.

o homem moderno, com valores ocidentais se tornou tão desconectado da natureza que simplesmente não entende a lei imutável.

as nossas mentes foram condicionadas a colocar tudo dentro da caixinha. definir tudo.


desde
pequenos somos ensinados a buscar uma definição para nós: profissão, atitude, familia, hobbies, escolha sexual.

e muito cuidado, uma vez que você escolhe, você não pode desescolher.

nesse momento que escolhemos ser alguma coisa, a mente se fecha para possibilidades.

se fecha para a beleza infinita que é o SER humano, para a conexão, emoção, a intuição interna.

uma vez que escolhemos ser X, Y ou Z, nós já baixamos para o disco rígido da mente uma série de regras e comportamentos ditadas pela sociedade.

no momento em que vivemos as nossas vidas baseadas em “certezas”, em definições, em caixinhas que a mente constrói, nós nos enfraquecemos como seres humanos, perdemos a liberdade e a beleza de viver. 

a pergunta para você filosofar agora é:

como se manter aberto a possibilidades em um mundo que exige definições? ;D

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//o que eu aprendi com
10 dias em silêncio

pense bem, quando foi a última vez que você se permitiu não fazer nada?

ficar horas contemplando a natureza, o nada, a capa de um livro, um lugar qualquer.

fechar os olhos, sentir seu coração bater, sentir o toque sutil do ar entrando nas suas narinas, saindo.

sentir o seu pulmão expandir e contrair. quando você o fez por mais de alguns minutos?

mais do que isso, quando você se permitiu estar totalmente entregue à você mesmo?

já tentou ficar sem falar por um dia inteiro? e tentar silenciar a voz dos seus pensamentos? pois é, quando falo que fiquei 10 dias sem falar, sem ler, sem escrever, sem nem ao menos fazer contato visual com outras pessoas, muitos me chamam de louco.

10 dias onde acordava às 4h da manhã, e meditava por 11h, todos os dias. ou seja, das horas que estava acordado, 11h eu passava de olhos fechados.

não teve um único dia em que não pensei em desistir. meu corpo e minha mente gritavam para sair de lá. sentia dores insuportáveis de cabeça e na coluna, todos os dias. meu único conforto era um banho quente antes de deitar, e só. voltando do retiro, entrei na maior depressão da minha vida.

quando conto essa estória, todo mundo pergunta: “mas…. pra que tudo isso? valeu à pena?” minha resposta é sempre igual: “valeu (e ainda vale) cada segundo.

mas entenda muito bem aonde você está se metendo, você precisa ter o mínimo de preparação. ”nesses meses de retiro + depressão aprendi sobre mim mesmo o que nenhum livro ou terapia jamais me ensinaram.

o que veio foi de dentro. e agora meu intuito é ao menos tentar compartilhar com você tudo que aprendi:

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// quais são as suas certezas?

antes do retiro, eu tinha apenas algumas certezas na vida. 

eram poucas, mas eram elas que me garantiam, basicamente, que “eu” era “eu”. todos temos essas certezas, certo?

como por exemplo, o amor pela minha família. os meus interesses profissionais. meus hobbies. meus amigos.

Frase para
filosofar ;)

“A Iluminação é um processo destrutivo (tanto quanto construtivo). Não tem relação com se tornar feliz ou melhor. Iluminação é a desconstrução da mentira. É ver através das pretensões. É a erradicação completa de tudo que se acredita ser verdade.” 

~ Frank Herbert, Dune

?
certeza1 + certeza2 ... +certezaN = eu
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durante esses 10 dias, sem distrações para a mente (sem computador, celular, TV, redes sociais, sem até mesmo falar), fui, gradativamente, aprofundando a consciência, além da superficialidade do dia a dia.

e quando cheguei tão fundo, comecei a perceber que, na verdade, a noção do “eu” é muito mais complexa do que a mera construção, a simples ideia que tinha de mim mesmo, o ego.

uma das minhas grandes descobertas foi perceber que eu não era minha mente: eu sou algo muito maior do que meus pensamentos. para muitos, isso pode parecer óbvio, uma vez que alguns tem a capacidade de identificar pensamentos que não lhes são naturais e “descartá-los”.

outros, assim como eu, não fazem essa distinção e tomam TUDO o que pensam como seus, mesmo que eles não façam o menor sentido.

no 9o. dia de retiro, aconteceu aquela “alguma coisa” que eu estava esperando. algumas visões vieram que destruiram completamente as minhas “certezas”.

certeza1 + certeza2 ... +certezaN = eu
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cancela tudo
e iguala a 0
eu = 0
0 = eu
eu = ???

nesse momento, a coisa pegou. afinal, se as certezas que faziam “eu ser eu” não são certezas, o que sou eu?

isso me fez questionar TUDO na minha vida: amigos, relacionamentos, família, trabalho, sentimentos, pensamentos….tudo mesmo!

a partir desse momento entrei na busca do EU de verdade, por trás de todas as construções e referências externas da sociedade.

é um processo doloroso, mas que vale cada segundo.Afinal, são nos desertos da vida, nas depressões, que crescemos.

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// voltando à matrix

e vou te contar, talvez o pior de toda essa experiência foi justamente ter nascido em uma cultura ocidental.

voltando do retiro, não foi uma, nem duas pessoas que me aconselharam a ir procurar um psiquiatra.

é óbvio, se eu mal tinha vontade de sair de casa, a melhor solução seria procurar alguém que me cobrasse uma consulta de 400 reais e fizesse uma entrevista de 20 minutos para entender todo o meu histórico de vida, me conhecer, e assim, saber como tirar a minha dor.

é o correto a se fazer, não?

a solução nunca está dentro de nós, é sempre externa. ser feliz parece ser uma obrigação, as pessoas parecem não entender e só querem “estar felizes” o tempo todo, sem tirar proveito de seus momentos tristes, de reflexão. não podemos ficar tristes.

“ai, to triste, deixa eu tomar um remedinho, por que eu não posso ficar assim, eu não posso ter dor de cabeça.”

antidepressivos nessas horas só nos entorpecem e fecham a comunicação com as nossas almas, com a nossa intuição.

e ai o crescimento se interrompe. o caminho para a evolução é bloqueado.

se eu tivesse nascido numa aldeia indígena, por exemplo, sabe qual seria o meu tratamento?

eles me colocariam em uma oca, no escuro, e me dariam alimento até que esse sentimento passasse.

mas aqui na matrix, no mundo “real”, a máquina não pode parar.

é mais fácil tomar um “comprimidinho”, não?
afinal, no dia seguinte você tem que trabalhar, você tem que pagar as contas, você tem que fazer sua parte.

mas sabe o que acontece quando nos entorpecemos e pegamos esse “atalho”?

isso volta a aparecer. mais crises depressivas, mais ansiedades. doenças auto imunes, câncer.

a visão de mundo pode nos condicionar a isso.

nós confundimos conforto com felicidade.

achamos que o quentinho, as facilidades do mundo moderno são felicidade.

eles não são outra coisa senão uma forma diferente de se entorpecer, segurar a onda.

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CONFORTO FELICIDADE
“As mídias sociais são como doritos ou pipoca mental.
Você come, come, come e nunca está satisfeito"
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// "otimizar" ou deixar a preguiça falar?

essa é uma reflexão que ocorreu dentro do nosso grupo de alunos da turma #3 do método Hack Life

o Alex nos trouxe a seguinte pergunta:

"Quais são os mecanismos de automatização e otimização do tempo que vcs conhecem e/ou incorporam nas suas vidas?"

por exemplo:

1) débito automático de todas as contas (automatização).
2) uso daquele recurso de acelerar vídeos no youtube ou em outros lugares (otimização de tempo).

essa pergunta me fez refletir tanto que acabou virando uma sexta Filosofal por si só, dá uma olhada:

existe uma linha tênue entre "otimizar" para ser mais efetivo e "otimizar" pela preguiça.

existem tarefas que acabam se tornando enfadonhas e chatas apenas pelo simples fato de você se identificar com uma "crença coletiva".

o que eu quero dizer com isso?

lavar a louça por exemplo.

é uma atividade típica que, quando abordada em qualquer grupo ou conversa, vai levar aos mesmos comentários:

"ai, que saco!! tenho que chegar em casa e lavar a louça!", "odeio", "ainda bem que tenho alguém para me ajudar", e todo o blá blá blá, mimimi de sempre.

se não estamos conscientes, é fácil nos deixar levar e logo adotamos a convenção coletiva, inconscientemente fazendo o "download" para nós mesmos de que lavar a louça é isso ou aquilo, e, sem perceber, já nos limitamos e estamos agindo exatamente daquela maneira.

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quer saber de uma coisa? eu gosto de lavar a louça.

é um momento relaxante, onde a minha mente descansa, além de ser uma tarefa motora diferente (já que fico grande parte do meu dia no computador) 

às vezes "cerebramos" demais sobre otimização, fazer isso ou aquilo da maneira mais perfeita e otimizada possível, e por "cerebrar" demais acabamos perdendo ainda mais tempo. (falo por experiência própria)

quer um exemplo?

imagine você e seu/sua namorad@, familia, noiv@, espos@, amig@.... enfim!
é domingo, vocês estão com fome, perto da hora do almoço. surge aquela vontade de pedir comida, mas a quantidade de opções de delivery te causa mais angústia ainda, pelo "paradoxo da escolha".

se você pegar tudo que tem na despensa de sua casa e for criativo, no máximo em 40 minutos você consegue cozinhar, comer e limpar a cozinha. 

te faz desenvolver novas habilidades, mexer seu corpo um pouco.

se você pedir comida, provavelmente passados os 40 minutos você ainda vai estar esperando a comida, sentado no sofá procurando algo para assistir no Netflix....

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h|

// como aumentar sua produtividade

para os que, como eu, trabalham quase que o dia inteiro no computador, é normal algumas ações nos tomarem conta, como:

- checar redes sociais e email compulsivamente
- olhar para as tarefas a serem feitas com "olhar de zumbi", sem saber por onde começar.
- começar uma tarefa, esbarrar em um ponto difícil e já abrir as redes sociais para "relaxar".

isso acontece por que o computador é uma ferramenta de execução.

nosso cérebro geralmente está acostumado a ligar o lado esquerdo (racional),  quando estamos frente a alguma tela.

o nosso lado criativo, o direito, geralmente se apaga em frente a um computador: ficamos que nem insetos atrás de uma lâmpada.

você há de concordar que existe algo crucial a ser feito antes da execução: o planejamento.

portanto, meu caro leitor, para ter sucesso é necessário que você separe as coisas.

pegue uma folha de papel ou um caderninho, e escreva todas as suas tarefas, se possível com o computador fechado/desligado. 

quando você tiver escrito tudo a ser feito na sua folha, ai sim, abra o computador e execute.

toda vez que se perceber no "modo zumbi" ou "modo mosquito atrás da luz" de novo, feche o computador e volte à boa e velha folha de papel. 

se precisar, coloque um post-it para se lembrar =)

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// novos níveis de consciência

é interessante pensar que à medida que a sociedade avança, criamos novos níveis de conhecimento. conseguimos nos desenvolver em corpo, mente e alma.

Igualmente interessante é observar que à medida que a humanidade atinge um novo nível de consciência, todos os outros níveis anteriores continuam a coexistir.

já parou para pensar nisso?

hoje, nesse planeta, coexistem diversos tipos de seres humanos.

há quem diga inclusive que o conhecimento do homem se tornou grande demais, e que ele vive em um estado de transe constante buscando as ilusões criadas pela sua própria mente, em detrimento de ajudar outros seres humanos.

já outros dizem que justamente a imaginação e a capacidade de manipular e dialogar sobre coisas que não "existem" que faz do homem um ser único.

como podemos atestar ou afirmar que existe um melhor jeito de se viver?

o que importa é a sua jornada, consciente. (se você subir um pouco a página, vai lembrar que felicidade não é conforto!)

hackear a sua vida, destrinchar o que significa ser você e à partir disso buscar a sua felicidade.

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//trancendia by android jones
Frase para
compartilhar

“Multidisciplinaridade
não é um polvo. É um camaleão.”


~ Tiago Mattos

?

“Multidisciplinaridade é a capacidade de realizar várias atividades diferentes, que exigem skills diferentes.

É a capacidade de mudar de chip.

Mas se você quiser que elas sejam bem executadas, você deve fazê-las com concentração e dedicação, uma por vez.”

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// o que aprendemos com nosso querido país

meu papel é fazer você pensar. pensar em sistemas, em como o mundo exterior se conecta com o interior.

podemos dar muitas palavras para o que vimos esse ano: Game of Thrones, House of Cards da vida real, sujeira, manobra política, manobra de mídia…

eu escolhi muito bem minhas palavras para dar a menor margem de má interpretação possível, mas sei que será impossível.

de qualquer maneira, vamos lá:

//o que fica claro:

- vivemos um jogo de invenção das nossas próprias mentes.

já reparou que tudo na sociedade atual é uma ilusão das nossa próprias mentes?

o trabalho que você faz, como você se comporta, se comunica, o que faz gerar dinheiro no mundo…. também vemos a mesma invenção nas altas esferas do poder.

por que é tão importante o poder?

porque….
(tá, melhor parar por aqui e deixar para outro dia, voltando…)

- a impossibilidade de um modelo político
baseado no que temos hoje dar certo. democracia, republica, ditadura, enfim, dê
seu nome..…. todos são modelos arcaicos que não condizem com o zeitgeist que
vivemos. 

UMA visão de mundo, UM partido, UM representante político não é o suficiente para dar conta de 200 milhões de pessoas, de universos complexos e diferentes.

//como podemos fazer isso?
- descentralização.

E sim, já está acontecendo. primeiro na descentralização do dinheiro (Bitcoin), das empresas, do valor….

No meu último podcast com o querido Tiago Mattos, falamos inclusive da descentralização do amor.

//para onde a descentralização vai levar?

o primeiro nível de consciência, composto por bege, roxo, vermelho, azul, laranja, verde não consegue entender que existam pessoas que pensem diferente dela.

para qualquer cor, só existe uma maneira de pensar: a maneira dela.

o que vemos na política hoje é uma briga feia de azul X laranja X verde. ninguém consegue dar o Zoom Out e enxergar o todo.

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a evolução de consciência nas sociedades ocorre com o passar de gerações. já um indivíduo pode desenvolver sua consciência ao longo de sua vida.

à medida que o avanço exponencial da tecnologia traz um maior número de conexões, fica cada vez mais rápido também o avanço da consciência coletiva.

isso nos levará coletivamente ao segundo nível da espiral, as consciências amarelo e turquesa.

para amarelo ou turquesa, não existe um melhor que o outro. não existe vermelho ou azul, preto ou branco. existem diferentes cores de consciência, e todas as cores são importantes e devem ser consideradas.

assim como uma molécula, que transcendeu a estrutura de átomos, que fazem parte dela.

falar que uma molécula vai além de um átomo, não quer dizer que a molécula odeie átomos, ou ache os átomos “inferiores”. não! muito pelo contrário!

os átomos são partes integrantes das moléculas, por que, afinal, sem os átomos, as moléculas não existiriam. entende?

//o que nos leva à conclusão:

enquanto existir consciências de primeiro nível do mundo e
elas forem preponderantes, haverá conflito.

o mundo só se verá integral, holístico e sem conflito quando todos evoluirmos para a consciência de segundo nível. 

onde poderemos observar e respeitar as outrasconsciências como elas são, e o papel importante de cada para o nosso sistema. não existe certo ou errado, existem universos e pontos de vista diferentes.

 //o que nos leva de volta ao começo desse texto:

 - a impossibilidade de um modelo político baseado no que temos hoje dar certo. democracia, republica, ditadura, enfim, dê seu nome..…. todos são modelos arcaicos que não condizem com o zeitgeist que vivemos. UMA visão de mundo, UM partido, UM representante político não é o suficiente para dar conta de 200 milhões de pessoas, de universos complexos e diferentes.

um mundo sem conflitos não existirá enquanto tivermos governantes com consciência de primeiro nível atuando, muito menos um poder centralizado.

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toda sexta, no seu email:

// vivemos uma ilusão

em 2016, consegui perceber o quanto a minha mente constrói todo o modo como interajo com o mundo.

vou te dar um exemplo simples: pense comigo, nesse exato momento você está lendo palavras que digitei.

essas palavras, por sua vez, já são uma interpretação do meu cérebro do que está se passando na minha mente, algo que quero expressar.

no momento em que transformei meus pensamentos em palavras, já não é exatamente o que está na minha mente.

é uma representação grosseira.

por sua vez, na hora que você ler, a sua mente vai fazer a sua própria interpretação disso.

afinal, você é fruto de todo um universo diferente.

sua visão de mundo tem outras lentes. o nosso amigo rinoceronte ilustra muito bem isso aqui:

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lembra da velha brincadeira do telefone sem fio? pois é, isso está acontecendo o tempo inteiro, só não estamos conscientes.

outro exemplo: lembra da imagem polêmica do vestido azul e preto ou branco e dourado?

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o que aconteceu com essa imagem foi mais que uma polêmica, mas uma das poucas vezes que algo tornou-se popular o suficiente para mostrar a todos que nem todo mundo vê as coisas do mesmo jeito. 

mais: de forma pacífica, sem estar atrelado a futebol ou religião ou política…..

dessa forma, aprendemos como é difícil aceitar o outro, que viu o vestido da cor diferente da nossa. 

ao observar o vestido, compartilhar com alguém, e perceber que essa pessoa viu uma cor diferente da sua, perdemos a referência. 

a mente entra em pânico e começa um loop:

“Será que eu estou certo?”

“É azul, claro!”

“Não, pera, será que é isso mesmo? E se eu mudar a luz?”

“Aaah, que nada, fulano que viu errado, como pode? Claramente o vestido é azul. Se ele viu branco, está delirando.”

“Ou será que sou eu? Será que está tudo certo comigo? Por que eu vi azul?”

“Será que se eu vi azul é por que não estou desenvolvido o suficiente?”

“Vou ligar pro meu oftalmo e marcar uma consulta!”

“Mas fulano é diferente de mim, portanto, não posso usá-lo de referência, tenho que ser sincero comigo”

“Talvez eu tenha que aceitar que fulano vê o vestido branco mesmo. Afinal, ele torce para o Piraporinha de Bom Jesus. Se ele torce para aquele time, vai saber o que mais se passa naquela cabeça?"

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dados os exemplos, podemos simplificá-los em:

- negar
- procurar soluções externas
(ex: pensar que o “problema” está com o outro)
- procurar soluções internas
(ex: pensar que o “problema” está com você)
- aceitar

negar, à princípio é o mais fácil. continuamos na nossa zona de conforto, fechados a possibilidades, sem expandir a nossa visão de mundo.

procurar soluções externas tampouco pode ajudar nessa hora, afinal, não temos controle nenhum sobre o que é externo à nós. (se você ainda acha que tem, bem vindo à ilusão =) )

procurar soluções internas é o mais doloroso e difícil. é entender como aquela informação chegou ao seu sistema (corpo, mente e alma) e como você a processou, disposto a mudar de opinião.

quais emoções você sentiu? quais pensamentos vieram? eles fazem sentido? quem está no comando agora? eu? minha mente? minha criança interior? meu ego?

aceitar é a parte final do processo. entender que tanto negar quanto procurar soluções externas pouco farão para sua evolução como ser. 

somente quando internalizamos o problema e olhamos para ele com humildade e sinceridade, dispostos a enxergar o mundo pela lente do outro, que aceitamos.

e não adianta nada eu escrever e escrever aqui e você mentalizar e intelectualizar esse processo. 

é preciso sentir, experimentar isso na pele.

é como surgir um novo Neymar que nunca pisou num campo de futebol, só leu livros e fez um workshop sobre jogar bola.

a teoria serve para abrirmos a percepção para o novo, cabe a nós praticar.

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// turismo transformacional

“Fui ao médico, não tomei o remédio”

“Comprei o livro de dietas, mas continuei com a mesma alimentação”

“Comprei o curso online, mas não fiz até o fim, nem fiz os exercícios”

adorei esse email do Seth Godin que fala mais sobre
o “Turismo Transformacional”.

em como sempre achamos que a solução para os nossos problemas está em comprar mais cursos, mais livros, falar com mais pessoas.

só aumentamos nossa velocidade de adquirir inputs, mas não processamos nada.

pior: não olhamos para dentro de nós para enxergar o que nos falta. afinal, isso dói, e muito.

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"Simplesmente olhar para algo quase nunca causa mudança. O turismo é divertido, mas raramente transformador. Se fosse fácil, você já teria conseguido a mudança que você procura. Mudança vem de novos hábitos, de agir, de experimentar o desconforto inevitável de se tornar."

~ Seth Godin

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